Chef João Sá

Restaurante Sala Equipa

Desde tenra idade, a cozinha tem sido uma presença constante na vida de João Sá. Aos 12 anos, já organizava eventos escolares relacionados com gastronomia, e aos 14 anos, o seu interesse por atividades práticas e manuais levou-o até à Escola de Hotelaria do Estoril. Esta entrada precoce no exigente mundo da cozinha marcou o início de um percurso intenso, trilhado com esforço.

Em 2003, deu um salto corajoso para o universo vanguardista da capital, assumindo a liderança na Bica do Sapato, sob a orientação de Fausto Airoli, um local que viu surgir notáveis profissionais da cozinha.

No ano seguinte, em 2004, João Sá viveu uma experiência enriquecedora ao passar dois meses no Viridiana, um restaurante em Madrid premiado com uma estrela Michelin, sob a tutela do chef Abraham Garcia. Foi nesse período que se familiarizou com a gastronomia típica espanhola, caracterizada pela sua meticulosidade na preparação.

Ao longo de dois anos, o chef dedicou-se ao ambiente hoteleiro, trabalhando no Sheraton Porto, supervisionado pelo chef Jerónimo Ferreira, até perceber que o seu verdadeiro amor residia em outras cozinhas.

Colaborou com chefs notáveis que deixaram a sua marca, como Lubomir Stanisic no 100 Maneiras, de quem absorveu valiosos conhecimentos técnicos, e Nuno Mendes no Viajante, em Londres. Este período de aprendizagem culminou com a sua estreia a solo como chef no G-Spot, em 2009, onde experimentou a máxima expressão criativa ao longo de três anos, sem repetir um único prato.

Agora, quase uma década depois, João Sá regressa ao comando do SÁLA, consolidando uma carreira dedicada à paixão pela culinária.

“Conheci o João Sá ainda no tempo do Pica no Chão, a minha catita tasca no Príncipe Real, há já dez anos. Substitui-o a liderar uma brigada de verdinhos, saídos da escola. Todos da mesma idade, todos da mesma turma.
Claro que o João era o líder! É uma questão inata e quase congénita. Capacidade de liderança. O João tem isso e notei logo que o conheci.

Fomos crescendo, paralelamente e sem nunca nos chegarmos a cruzar na mesma brigada, com pena minha. Mas cruzámo-nos ao fogão por diversas ocasiões, com muito gosto e orgulho da minha parte.

O João é dos profissionais mais talentosos e dos chefs mais emocionais de que tenho memória (cozinha sem emoção é um vazio sem igual) e nisso, o João é rico, muito rico, e faz uma cozinha milionária.

O João tem o caminho dele, próprio, para percorrer. O caminho dos sabores e da felicidade que se carrega nos pratos. Tem um caminho difícil, como temos todos os que gostamos do que escolhemos para modo de vida. Tem um caminho talentoso à sua frente. O futuro vem já aí. Vamos todos vê-lo.”

Vitor Claro
Vigneron

Rua dos Bacalhoeiros, 103
1100-074 Lisboa